
Nada obriga a que um filme de super-heróis tenha a complexidade emocional e narrativa de um balde de pipocas com manteiga. Mesmo que o material de origem, independentemente de inúmeros e meritórios exemplos do contrário, tenha como principal faceta a alienação pura. Não que haja aí algum mal e muitas foram as adaptações de BD ao longo da última década a não aspirar a mais do que uma transposição para o ecrã da mesma saborosa bidimensionalidade, com resultados muito agradáveis. Mas, quando o objectivo é fazer um filme que se eleve um pouco acima, conferindo às personagens uma humanidade e profundidade que nem sempre terão nas vinhetas coloridas das revistas, é preciso muito cuidado para não ir longe demais e cair no ridículo. O quarto filme da série X-Men e o primeiro da vertente Origins não cai totalmente no ridículo, mas não escapa a uma omnipresente brisa de despropósito que acaba por ser o seu maior defeito. O drama vivido pela personagem principal, cujas origens se contam, traduz-se em demasiados momentos de intensidade pré-fabricada, com braços erguidos para o céu e rugidos de angústia/desespero, que acabam por se tornar desagradáveis lá pela terceira repetição. O desfile gratuito de personagens secundárias para encantar os fãs também não é a coisa mais subtil do mundo, mas confesso que estava demasiado absorto a ver Gambit ou Blob em "carne e osso" para deixar que isso me preocupasse. E é impressão minha ou as garras de adamantium estão menos realista do que nos filmes anteriores?
Classificação:
X-Men Origins: Wolverine
De: Gavin Hood
Com: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Huston
Origem:
Ano: 2009
Trailer
3 comentários:
Sim realmente também achei que as garras não estavam grande coisa....
Nail art?
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