Numa manhã fria e escura de Inverno, Jonathan observa a cidade da varanda do apartamento que partilha com o pai e o irmão. Após alguns segundos, olha brevemente para a câmara e segue esse olhar com um outro, mais assumido, voltando-se para o espectador e confessando-nos o que lhe vai na alma. Depois, volta a remeter-se à sua condição de simples personagem. Diz-nos que está no seu direito. O irmão, Paul, está profundamente deprimido depois de um achaque amoroso. Jonathan tenta convencê-lo a vir numa incursão a uma rua comercial para ver as montras e a decoração natalícia, como faziam anos antes. Não consegue. Paul fica em casa a saborear a depressão e procurando escapar às doses de caldo de galinha receitadas pelo pai. Enquanto isso, a caminho do objectivo, Jonathan vai tendo uma grande tarde. Acerca de Em Paris, alguém com vocabulário limitado e pouco talento retórico (como eu) poderia dizer tratar-se de um filme sobre as relações que se formam entre as pessoas, entre amantes, entre pais e filhos, entre irmãos, sobre a forma como essas relações se fracturam, se reconstroem e voltam a fracturar-se em ciclo de conclusão indefinida ou mesmo improvável. Mas não vou dizer nada disto. Porque estou amuado, pronto.
Classificação:
Dans Paris
De: Christophe Honoré
Com: Romain Duris , Louis Garrel, Guy Marchand
Origem: Ano: 2006
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